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As obras de legítima autoria de Tomás de Aquino

Esta é uma questão de grande importância, afinal, quem busca estudar Tomás de Aquino, precisa ter certeza de que o que lê é realmente escrito do Aquinate.



A atividade intelectual de Tomás de Aquino foi tão fecunda quanto a fama faz conhecer, e, segundo Cornélio Fabro [1], encontrou duas fontes para o sustento do seu vigor: o dever do ensino e a caridade em responder aos problemas que lhe eram propostos pelo papa, por seus superiores e por seus confrades.


Catedrático de Teologia na universidade de Paris, viu-se obrigado à interpretação dos textos oficiais, sendo levado a conhecer profundamente as Sagradas Escrituras, o Corpus Aristotelicum, as Sentenças de Pedro Lombardo e os escritos de Boécio, Pseudo-Dionísio, Santo Agostinho e demais autoridades na Filosofia e Teologia da época; além disso, era responsável por redigir as questões disputadas fomentadas no ambiente acadêmico.


No âmbito da caridade, por outro lado, viu-se compelido a escrever a Suma Contra os Gentios para auxiliar São Raimundo de Penaforte nas discussões com os mouros e judeus, a Suma Teológica para guiar os iniciantes na Teologia e diversos opúsculos e escritos menores endereçados para aqueles que pediam sua ajuda, tal como o papa, a duquesa de Brabante e outras notáveis pessoas.


A sua lista de escritos conhecidos compreende mais de 50 títulos, alguns deles com vários volumes, como é o caso da Suma Teológica (3 volumes) e Suma Contra os Gentios (4 volumes). Tem-se notícia de que, nos seus 20 anos de atividade intelectual, Aquino produziu algo próximo de 4 mil páginas por ano, sem perder qualidade e relevância.


Dito isso, cabe informar que o principal motivo para este artigo é a falsa atribuição de obras esotéricas à Tomás de Aquino realizada por determinadas páginas na internet, o que constitui um grave atentado contra a integridade de seu pensamento, haja visto o fundamento eminentemente católico das ideias do frade dominicano.


Por isso, deixo a seguir o link para a lista de obras e escritos oficialmente reconhecidos como de autoria de Aquino, além daqueles que não se tem certeza e os que definitivamente não lhe pertencem, conforme o Corpus Thomisticum mantido pela Fundação Tomás de Aquino e pela Universidade de Navarra.


Notas


[1] Cf. FABRO, Cornélio. Breve introdução ao tomismo. Brasília, DF: Edições Cristo Rei, 2020.

Bibliografia


FABRO, Cornélio. Breve introdução ao tomismo. 1ª ed. Tradução Rafael Sampaio. Brasília, DF: Edições Cristo Rei, 2020.

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